Meu filho acha que é burro. Como ajudá-lo?
Facebook Twitter Google+ “Eu sou burro(a)!”. Muitas crianças aparecem com essa “fala”, que num primeiro momento...
Pokémon GO está causando nas redes sociais. Lançado no Brasil na semana passada, o game já foi baixado por mais de 50 milhões de pessoas no país. Tanto sucesso ganhou atenção até mesmo dos noticiários televisivos brasileiros.
Mas o jogo já sofre os efeitos colaterais do sucesso. Nas redes sociais surgiram inúmeras críticas ao jogo e aos jogadores.
Pokémon Go é acusado de ser extremamente viciante, perigoso, “idiotizante” e até de ser uma arma espiã: “coisa da CIA”.
Levanta e Anda
Nostalgia
O apelo de Pokémon Go é antes de tudo emocional. A nostalgia tomou conta de inúmeros jovens adultos no mundo todo porque eles de repente se viram diante da possibilidade de realizarem um sonho da infância: se tornarem treinadores e caçadores de pokémons na vida real. Pois os monstrinhos são virtuais, mas a sensação da caçada e dos duelos entre os monstrinhos é bastante real.
O Pais em Apuros entende esse sentimento. Afinal, Pokémon fez parte da infância dos filhos dos nossos idealizadores, João Gambini (dois filhos) e Adriana Souza (duas filhas).
Pokémon foi o desenho de aventura favorito de uma geração. Um grande sucesso de seu tempo, assim como Cavaleiros do Zodíaco e Caverna do Dragão.
Já crianças mais novas foram capturadas pelo universo mágico dos bichinhos e o poder do boca a boca.
Opinião Pais em Apuros
Pokémon Go é viciante?
Pode viciar, mas na mesma medida que qualquer outro game também pode ser viciante. Assim como defendemos no texto sobre “games violentos”, o perigo mora no tempo de jogo. Passar o dia inteiro jogando não é saudável. Viver de Pokémon é ruim. Mas não há problema algum em se gastar umas duas horinhas por dia se divertindo caçando os bichinhos.
Pokémon Go é perigoso?
O jogo se utiliza de uma tecnologia chamada Realidade Aumentada. O jogador interage com os personagens tendo como plano de fundo o mundo real. Para encontrar os bichinhos virtuais é necessário explorar o mundo real. Por isso é necessário cuidado. No mundo real existem avenidas movimentadas, becos escuros, pessoas mal-intencionadas.
Atentos a isso, até mesmo os criadores de Pokemon Go aconselham que os pais acompanhem seus filhos pequenos nas caçadas. Ficar distraído olhando para a tela pode sim ser perigoso. Só que esse perigo não é exclusividade do jogo. Atravessar uma rua sem checar o sinal, bater a cabeça em postes e esbarrões entre pedestres, são situações perigosas e incômodas causadas por pessoas distraídas com seus smartphones em todo o mundo.
Pokémon Go faz bem para a saúde!
#1 Pokémon é um jogo que não pode ser jogado do sofá. Ele exige que o jogador saia de casa e ande quilômetros para encontrar novos pokémons, bem como para evolui-los. Logo, Pokémon Go! é uma excelente oportunidade para combater o sedentarismo.
#2 O game também tem sido um alento para pais e mães de crianças doentes e introvertidas. Pokémon Go! tem conseguido animar crianças doentes a se levantarem das camas em hospitais; há relatos de crianças com autismo e de crianças tímidas que estão conseguindo se relacionar com outras pessoas devido o jogo; e até mesmo casos de crianças depressivas se sentindo estimuladas a sair de casa por causa do jogo.
Pokémon Go! é “idiotizante”?
Sempre que algo vira moda surgem pessoas “do contra”. Até aí tudo bem, não gostar de algo é totalmente compreensível. Mas com o sucesso de Pokémon Go! surgiu a figura do “Madurão” ou “Adultão” nas redes sociais. O adultão aparece sempre com um comentário mordaz, indignado com outros adultos animados com o jogo. “Idiotizante”, por exemplo, é um termo recorrente utilizado pelo “adultão” para criticar Pokemon Go. E é aí que mora o perigo, mas não para quem joga. Para o próprio “adultão”. Chamar de “idiota” e “infantil”, quem entrou na onda de Pokémon Go! só reforça a imaturidade de quem critica. Porque quem critica o faz porque não consegue lidar e respeitar as diferenças de gosto ou porque acredita que ao chamar de idiota algo que está na moda, se torna mais especial e autêntico, um “não idiota” só por ser “do contra”. Em ambos os casos o madurão se revela imaturo.
Então cuidado, querido leitor. Não banque o “adultão”. Achar o jogo chato, bobo, sem graça é ok! Diminuir quem gosta é coisa de “gente pequena”. E eu não estou falando de crianças.
Mas atenção, jogadores! Nada de invadir quintais, prédios e lojas sem autorização. Porque nestes casos aí você se torna sim um idiota. Ok?
Pokémon Go! é uma arma espiã da CIA? rs
Não! Também não é uma estratégia de lavagem cerebral do neoliberalismo ou invenção da Globo. É só um jogo.
Ele coleta seus dados pessoais? Sim, assim como a maioria das empresas de tecnologia hoje em dia. Você não paga para baixar o game, assim como não paga pelo facebook ou pelo google, mas em contrapartida você disponibiliza, cede, dados particulares como sua localização, contatos, histórico de navegação e buscas na rede. Mas nada de número de CPF, RG, ou coisa parecida. Mesmo assim é invasivo? Sim, mas não é ilegal, é o chamado capitalismo big data. As empresas de tecnologia ganham dinheiro assim, com informações sobre seus usuários.
Moral da história: Boa caçada, família brasileira!
A equipe do Pais em Apuros aconselha você a embarcar nessa aventura com seu(s) filho(s)! Reserve um final de semana para passear pela cidade capturando pokémons com a criançada. É diversão na certa!
***
*Por Gilmar Silva com auxílio de Lucas Gambini