Afogamento infantil: saiba como evitá-lo
Facebook Twitter Google+ A maioria das crianças adora brincar com água e na água. No verão, então, é uma delícia....
Educação Emocional: “Cérebros brilhantes também podem produzir grandes sofrimentos. É preciso educar os corações.”
Dalai Lama
É urgente educar os corações, pois o sofrimento muitas vezes se torna tão insuportável que a pessoa toma a atitude desesperada de acabar com a própria vida.
por Nina Puttini
Segundo o Ministério da Saúde os casos de suicídio aumentaram em 12% entre 2011 a 2015, cerca de 11 mil por ano, sendo a quarta maior causa de morte entre brasileiros de 15 a 29 anos.
Foi lançada a campanha do Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio, que esclarece mitos e divulga serviços de apoio emocional, como o CVV – Centro de Valorização da Vida (telefone gratuito número 141).
É chocante pensar que existem casos de suicídio infantil. Crianças, que tão cedo já vivenciam sofrimentos tão grandes que não conseguem enxergar saída.
Precisamos falar sobre o suicídio, é o slogan da campanha. Sem dúvida. Precisamos olhar para a gigante fragilidade emocional da nossa sociedade, que fica escancarada nesses casos de suicídio e em todos os outros de bullying e baleia azul, por exemplo.
Mas precisamos ir além, e investir em promoção de saúde. Pois aqui nosso olhar se volta para os fatores de proteção, aqueles que contribuem para que nosso estado geral de bem-estar esteja equilibrado. Eventualmente acontecem coisas que nos tiram do eixo, isso é inevitável, mas dependendo das habilidades emocionais pode-se entrar em crise, ou superar a dificuldade de forma positiva, aprendendo e se fortalecendo com ela.
Quantas milhares de crianças vivem infâncias duras e carentes? Muitas acabam enveredando para as drogas e criminalidade, mas há aqueles que apesar das circunstâncias conseguem buscar saídas e escapar desses destinos trágicos.
O que separa esses dois casos? A capacidade que a pessoa tem de, diante de situações de dificuldade, cuidar de si e fazer boas escolhas. Isso é resiliência. É claro que questões de contexto, políticas e econômicas, influenciam a condição que temos ou não de lidar com tudo o que acontece na nossa vida. Porém, existe algo que é interno, pessoal, e nos dá forças para seguir com otimismo, buscando fazer o bem. Aquele momento em que a gente para, respira fundo e pensa “Ok, vida. Limões? Adoro limonada e tá mesmo um calorão…”.
Ainda bem que essas habilidades emocionais podem ser desenvolvidas. Assim como aprendemos a nos alimentar de forma balanceada para manter uma boa saúde física, podemos aprender hábitos saudáveis para cuidar do nosso bem-estar emocional, e isso tem um enorme impacto na nossa saúde como um todo, nas nossas relações, nas escolhas que fazemos.
Em uma reportagem recente da Folha, o cientista Fernando Torrente, do Instituto de Neurologia Cognitiva de Buenos Aires, explica que a emoção que impera em uma fase da vida molda nossas memórias sobre outras fases. Ou seja: se estamos tristes, tendemos a projetar tristeza para nossas lembranças. Achamos que sempre fomos tristes. “Em geral, achamos que somos e nos sentimos como sempre fomos e nos sentimos, o que é uma grande mentira”, disse Torrente à Folha.
A matéria abaixo serve para que os pais não se culpem por essas “falhas” de memória dos filhos, e entendam melhor as emoções e como elas agem neles e em nós mesmos.
Leia aqui: Como ‘Divertida Mente’ e ‘Relatos Selvagens’ nos ensinam a lidar com emoções
Quanto mais cedo desenvolvermos essas habilidades, e pudermos ir aumentando nosso repertório, maiores as chances de lidarmos bem com as dificuldades da vida. Crianças e adolescentes já podem desenvolver hábitos emocionais saudáveis.
O Educore é um programa que dá oportunidade de crianças e adolescentes perceberem sentimentos, os seus e os dos outros, e a praticarem formas de lidar com eles. Essa é a base para diversas outras habilidades que se sobrepõem, como comunicar-se de forma empática, resolver conflitos e ajudar os outros.
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Para saber mais, entre em contato =)
Educore / Nina Puttini: fb.com/educoreninaputtini
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