Eternizando a intensa e fugaz fase do Recém-Nascido
Facebook Twitter Google+ Recém-Nascido “Meu menino, minha alegria, meu cansaço, minha jornada, meu...
Há exatos dois meses desmamei meu filho, Inácio. Isso poderia ser apenas uma frase de um fato corriqueiro na vida de uma mãe. Ok, desmamou o filho, próximo. Mas atrás desse desmame do Inácio me dei conta que quem precisou ser “desmamada” fui eu.
Tudo ocorreu de maneira tranquila se não fosse o fato de eu me sentir a pior mãe fazendo a pior coisa para seu filho. Vejam bem, caros colegas, eu amamentei meu filho por dois anos e dois meses. Mas a culpa que tomou conta de mim foi algo surreal.
Por uma semana inteira eu andava pelos cantos da casa chorando, com uma sensação de que sim, eu ia morrer, aquela angústia ia me matar. Pareço exagerada, né? Mas se você, mãe, parar e pensar um pouquinho, vivemos constantes “desmames” em nossa vida materna.
Essa sensação de que estamos fazendo tudo errado, ou de que aquele momento presente é tudo ou o único que vamos viver, como se perdêssemos nossa noção real de tempo e espaço.
Não é sempre que conseguimos parar e respirar, contar até dez, meditar ou pedir “peloamordeDeus” pra alguém segurar o bebê, carregar a criança (quando existe alguém, né?).
Ainda mais, essa nova geração de mães da qual eu assumo fazer parte, porque estamos vivendo uma #maternidadeativa, preocupadas com TUDO que cerca nossos filhos, desde a maneira como vão chegar ao mundo, até o que vão comer, ou como nosso comportamento, nossas palavras, nossas mínimas ações podem causar na vida deles.
Não quero desmerecer o meu jeito, ou o jeito de nenhuma mãe de maternar. Mas o que tenho aprendido desde a gestação do Inácio, até os dias de hoje, é que existe um mantra para maternidade. Isso mesmo. Vamos recitar esse mantra: Isso TAMBÉM vai passar.”
Porque as pessoas sempre dizem pra gente “calma, é só uma fase, vai passar”. Mas quando colocamos o “também”, damos um novo significado para esses momentos tensos e também para os momentos doces e incríveis que a maternidade nos traz.
Refletindo entendi que era preciso deixar de lamentar o desmame e ver com amor e gratidão o período da amamentação.
Tudo vai passar. As coisas boas e as ruins. É preciso pensar na birra que aconteceu de novo e se permitir saborear o abraço com o pedido de desculpas que veio depois.
Novas birras virão? Sem dúvida. E novos “desmames” diários também. Mas como tudo na vida, isso também vai passar. Nós seremos adultas o resto da vida, eles, crianças apenas uma vez.
Aproveite cada fase. E nada de pirar! 😉
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