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Precisamos falar sobre desmames… das mães

Desmames diários

Há exatos dois meses desmamei meu filho, Inácio. Isso poderia ser apenas uma frase de um fato corriqueiro na vida de uma mãe. Ok, desmamou o filho, próximo. Mas atrás desse desmame do Inácio me dei conta que quem precisou ser “desmamada” fui eu.

Tudo ocorreu de maneira tranquila se não fosse o fato de eu me sentir a pior mãe fazendo a pior coisa para seu filho. Vejam bem, caros colegas, eu amamentei meu filho por dois anos e dois meses. Mas a culpa que tomou conta de mim foi algo surreal.

Por uma semana inteira eu andava pelos cantos da casa chorando, com uma sensação de que sim, eu ia morrer, aquela angústia ia me matar. Pareço exagerada, né? Mas se você, mãe, parar e pensar um pouquinho, vivemos constantes “desmames” em nossa vida materna.

Chegou uma nova fase pra nós. Depois de lindos dois anos e três meses, chegou a hora de desmamar o Inácio. E se fosse só desmamar o Inácio seria bem mais simples. O processo que tá pegando é desmamar a mãe. Muito embora eu tenha decidido e esteja bem consciente desse processo, sinto um buraco no fundo do meu estômago. Tá sendo bem difícil pra mim, mesmo eu sabendo de tudo que envolve essa decisão. Quando estiver mais calma eu posso escrever como o desmame chegou até nós, como foi o processo e como sobrevivi. Sim, porque se tem uma coisa que a maternidade nos ensina é que nós sobrevivemos. Passamos por dores, dificuldades e coisas que jamais imaginávamos, mas quando realmente achamos que vamos morrer, sobrevivemos. E nos tornamos mais fortes. A mim, eu deixo os meus eternos parabéns. Parabéns por ter sido uma guerreira em ter amamentado meu filho enquanto existe uma indústria do medo disposta a convencer as mulheres que são incapazes de alimentar seus filhos. Parabéns por ter vencido as noites de cansaço, por ter cedido meu tempo, meu corpo e minha vida em tempo integral por um bom tempo. Sinto-me honrada e agradecida por poder ter nutrido, desde o início, meu filho de mim mesma. E sinto também que minha missão está cumprida. Não é fácil encerrar um ciclo mas é necessário. Fica a recordação desses doces instantes. Outra coisa que aprendi com a maternidade: tudo passa. Os momentos difíceis e os lindos também. Por isso devemos aproveitar cada instante! #mamaegabiescreve #desmamedoinacio #criacaocomapego #desmame #maternidadereal #maesreais #maternidadeativa #maternidadeintuitiva #maternagem #matrioska #maetambemegente #carpediem #instamaes #instababy #instakids #focoforcafe

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Desmames maternos

Essa sensação de que estamos fazendo tudo errado, ou de que aquele momento presente é tudo ou o único que vamos viver, como se perdêssemos nossa noção real de tempo e espaço.

Não é sempre que conseguimos parar e respirar, contar até dez, meditar ou pedir “peloamordeDeus” pra alguém segurar o bebê, carregar a criança (quando existe alguém, né?).

Ainda mais, essa nova geração de mães da qual eu assumo fazer parte, porque estamos vivendo uma #maternidadeativa, preocupadas com TUDO que cerca nossos filhos, desde a maneira como vão chegar ao mundo, até o que vão comer, ou como nosso comportamento, nossas palavras, nossas mínimas ações podem causar na vida deles.

Tudo passa

Não quero desmerecer o meu jeito, ou o jeito de nenhuma mãe de maternar. Mas o que tenho aprendido desde a gestação do Inácio, até os dias de hoje, é que existe um mantra para maternidade. Isso mesmo. Vamos recitar esse mantra: Isso TAMBÉM vai passar.”

Porque as pessoas sempre dizem pra gente “calma, é só uma fase, vai passar”. Mas quando colocamos o “também”, damos um novo significado para esses momentos tensos e também para os momentos doces e incríveis que a maternidade nos traz.

Maternidade de fases

Refletindo entendi que era preciso deixar de lamentar o desmame e ver com amor e gratidão o período da amamentação.

Tudo vai passar. As coisas boas e as ruins. É preciso pensar na birra que aconteceu de novo e se permitir saborear o abraço com o pedido de desculpas que veio depois.

Novas birras virão? Sem dúvida. E novos “desmames” diários também. Mas como tudo na vida, isso também vai passar. Nós seremos adultas o resto da vida, eles, crianças apenas uma vez.

Aproveite cada fase. E nada de pirar! 😉

*

Por Gabriela Sikorski

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Autor desta Publicação
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