Se nada der certo e o fim do diploma
Facebook Twitter Google+ Se nada der certo… No início de junho, alunos de dois colégios particulares do Rio...
Corrente construtivista, montessoriana, tradicional. São muitos os exemplos de filosofias pedagógicas a serem consideradas na hora de escolher a melhor escola para as crianças. Entretanto, mais do que um método ideal, é fundamental levar em consideração uma questão muito simples: qual ambiente deixa a criança mais feliz?
Sentir-se bem com os professores, atividades e ambiente escolar é o passo mais importante para que os estudantes desenvolvam plenamente sua capacidade. E não se trata apenas de garantir a diversão dos pequenos, mas de despertar a curiosidade, motivar a busca pelo conhecimento e cuidar para que os alunos vejam na escola um ambiente de encanto e possibilidades.
Para a educadora Terezinha Faria, de São José dos Campos, há duas palavras-chave nesse contexto: acolhida e afetividade. De acordo com ela, são esses fatores que garantem um ambiente saudável para o aprendizado, no qual a criança sinta-se segura, feliz e estimulada para aprender.
“Junto com isso, também é importante trabalhar atividades que trazem significado para a criança. Ou seja, adequadas a sua faixa etária e que promovam o protagonismo nos alunos. A criança é mais feliz sendo uma coautora de um projeto do que como uma mera espectadora, que recebe as propostas já prontas e fica ali só como uma ouvinte”, explica Terezinha.
A felicidade dos alunos é proporcional à vontade dos professores em estimulá-los. Independente do método adotado pela escola, a máxima é que nada substitui uma aula de qualidade. E para que isso aconteça, a figura do professor é decisiva.
“O professor precisa ter consciência de sua figura de mediador dentro da sala de aula. É preciso lançar as questões certas, instigar, fazer com que os alunos se motivem, busquem soluções, se conectem. Nada é mais atraente do que uma aula bem planejada”, afirma a educadora.
Na disputa pelos alunos, algumas escolas costumam investir em estruturas de encher os olhos, repletas de opções de lazer e com tecnologia de ponta. A grandiloquência do ambiente faz logo com que os pais associem diretamente tantas possibilidades com a felicidade dos filhos. Isso nem sempre é verdade.
Em relação a isso, Terezinha garante que a estrutura deve trabalhar em comunhão com a proposta de acolhimento da escola. De acordo com ela, mesmo com todas as opções de lazer oferecidas, o que prevalece mesmo é a forma como esses elementos são trabalhados em prol da educação e felicidade dos alunos.
“A escola pode ter um parque de diversões que isso não será garantia de alunos felizes. Quando se trabalha com educação, esses valores não são assim tão simples de se qualificar. Dê a um bom professor uma caixa de tampinhas coloridas que ele pode trabalhar com atividades repletas de descobertas, que deixem os alunos interessadíssimos”, conclui a educadora.
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Por João Pedro Teles