Meu primeiro dia das mães
Facebook Twitter Google+ Uma mãe não se faz com o anúncio do médico: “Parabéns, você vai ser mamãe”. Biologicamente...
Simpatia cura? E Empatia? Todos os funcionários do Hospital do Grupo de Assistência à Criança com Câncer, o Gacc, localizado em São José dos Campos, no interior de São Paulo, demonstram acreditar que sim.
A equipe do Gacc vai na contramão de um pensamento comum da população, um pensamento até mesmo de alguns médicos e enfermeiros, o de considerar hospitais como lugares sérios, frios e tristes. Como se não coubesse à alegria se manifestar onde há doença.
O médico que mal conversa e mal olha no rosto do paciente, a enfermeira que entra no quarto de supetão faz o que tem de fazer e já sai, o recepcionista que repete como um robô a frase “Preencha esse formulário e aguarde. Próximo!!!”, todos são efeitos colaterais desastrosos desse pensamento.
Os pacientes e as famílias quando se veem em ambientes hospitalares assim, acabam se sentindo mais mal ainda. Justo quando estão mais fragilizados na vida, pacientes e familiares ganham mais um peso para carregar, a indiferença e a distância dos médicos em relação às suas dores. Assim, corredores que deveriam representar esperança de cura, de repente se tornam assustadores.
“Cuidadores” frios
Nos últimos cinquenta anos, muito médicos, enfermeiros e outros profissionais ligados à área da saúde foram incentivados a não demonstrar os sentimentos e, se possível, se distanciar emocionalmente dos pacientes. Tal atitude seria uma maneira dos profissionais se protegerem emocionalmente das mortes e tristezas que presenciam diariamente.
Essa blindagem emocional fez com que a população criasse uma antipatia, um bloqueio em relação aos hospitais com seus médicos e corpos de enfermagem insensíveis. Só que os profissionais da saúde não são os vilões dessa história, eles não se fecharam de propósito. Eles também são vítimas das doenças. A maioria quando adentra num curso de saúde justifica a escolha com nobres propósitos como “cuidar” e “salvar” vidas. Por isso muitas escolas de medicina e enfermagem já começam a trabalhar para prevenir essa mudança de comportamento já na formação (leia aqui). E a solução é o tratamento humanizado.
Sorria, você está sendo tratado
O tratamento humanizado leva em consideração o ser humano e sua história. Nele, cada paciente é muito mais que uma ficha e um corpo doente a ser tratado. O paciente é chamado pelo nome, ele é ouvido, ele tem voz e é tratado com cordialidade.
Se frieza e distanciamento tornam um hospital pesado, o contrário, calor humano e presença podem tornar um hospital um ambiente muito mais agradável e favorável para a recuperação.
As principais características do tratamento humanizado são:
– Recepcionar o paciente e sua família com carinho, atenção e cordialidade.
– Tratamento individualizado e especializado.
– Acompanhamento do cuidador durante a internação e nos procedimentos aos quais a criança for submetida.
– Adequada informação sobre diagnóstico, tratamento e prognóstico para os pais da criança.
– Sedação para realização de procedimentos dolorosos.
– Sala ou espaço de brincar dentro do centro de tratamento.
Esse tratamento humanizado, apesar de ser uma disciplina nova, pode ser considerado a disciplina mais antiga da medicina. Se pensarmos bem, ele está diretamente ligado à essência da profissão, que é tratar com compaixão. E esse é o dna do Gacc.
Um hospital que sorri
O hospital infantil do Gacc atende pacientes com câncer de 0 a 19 anos. No Gacc os pacientes são recepcionados com atenção e uma brinquedoteca com fantasias de Super Homem, Mulher Maravilha, Batman entre outros heróis, e até uma lan house faz a vez de sala de espera.
Dentro do hospital o colorido da sala de espera também se faz presente nos corredores. Quadros e painéis super coloridos, inclusive com obras originais doadas pelo artista plástico Romero Britto ilustram as paredes.
Ao caminhar pelos corredores a sensação é de irmandade. De dentro das salas e ambientes brotam sorrisos carinhosos dos funcionários. E eles conhecem os nomes de cada paciente e dos pais.
“Eles nos recebem com sorrisos. Isso pode parecer pouca coisa, mas numa situação de fragilidade isso representa muito”, conta Luiz Ramos, pai da paciente Stela, de 3 anos.
O carinho extrapola os sorrisos, ele também se apresenta na refeição personalizada para cada criança; no acompanhamento pedagógico (as crianças estudam normalmente e jovens já realizaram até o Enem de dentro do hospital); no acompanhamento psicológico e social disponível para os pacientes e familiares; e em toda a estrutura física e tecnológica.
Excelência no tratamento
Os centros de tratamento e os quartos contam com enfermarias posicionadas ao centro, das quais as enfermeiras têm vista para todos os aparelhos e quartos. Qualquer complicação no quadro de um paciente é rapidamente notada.
Os quartos contam com cama para o acompanhante, televisor e dois banheiros, um para o paciente e um para o acompanhante. O acesso para visitantes e acompanhantes também é diferente do utilizado pelos médicos e enfermeiros, tudo para evitar contaminações.
O corpo médico é formado por especialistas em cancerologia pediátrica em conjunto com uma equipe multiprofissional treinada para o atendimento específico à crianças e adolescentes. E todos são incentivados a sorrir e se abrir. Os médicos conversam e brincam com os pacientes.
Em resumo, o Gacc oferece o melhor em estrutura e tratamentos médicos oncológicos, aliado ao melhor que o ser humano tem a oferecer: o amor pelo próximo.
O Gacc precisa ser para sempre
A solidariedade é o marco zero do Gacc desde sua fundação em 1996, tanto que ‘solidariedade’ é o valor norteador do hospital.
O hospital atende pacientes privados e públicos. O tratamento e as acomodações são idênticos para ambos. Atualmente 80% dos pacientes são crianças e jovens encaminhados pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Mas a verba encaminhada pelo governo não é o bastante para manter a excelência do tratamento oferecido pelo Gacc. Tanto que em 2015 o hospital correu sérios riscos de falir e teve que fazer uma campanha forte para sensibilizar novos doadores.
Centenas de crianças precisam do Gacc. E o Gacc precisa de você. Doe esperança!
“O Gacc é um hospital que funciona de verdade. Ajuda realmente as crianças que estão precisando de tratamento. Sem esquecer que por trás dessas crianças existe uma família que está sofrendo com a situação. E aqui nós somos bem amparados. Aqui a gente volta a ter esperanças. Vale a pena acreditar no Gacc e investir no Gacc”.
Luiz Ramos, pai de paciente
No Gacc a sua ajuda realmente salva vidas e o hospital está precisando da sua solidariedade. Colabore, seja um doador do Gacc.
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