Educação emocional é coisa séria!
Facebook Twitter Google+ Educação Emocional: “Cérebros brilhantes também podem produzir grandes sofrimentos. É...
Além de companheiros e divertidos, os animais ajudam a desenvolver o senso de responsabilidade, a auto-estima e a educação sentimental da garotada. E ainda podem ajudar na socialização de crianças tímidas e introvertidas. Saiba com o Pais em Apuros qual a idade adequada para o seu filho ter um animal de estimação.
Quem tem animal de estimação sabe a diferença que a presença dele pode trazer ao ambiente. Os peludos acabam se tornando membro da família e são inúmeros os benefícios que podem trazer. Mas, e quando o assunto envolve o convívio com crianças, será que os animais continuam sendo uma boa companhia?
Para a psicóloga Rúbia Costa, o convívio com animais é altamente recomendável e muito saudável porque ajuda no processo de desenvolvimento da criança. “Ter uma animal de estimação faz com que a criança se sinta mais segura, valorizada, importante, confiante, útil e competente por criar responsabilidades, como cuidar, alimentar e treinar, favorecendo assim a sua autoestima e desenvolvendo suas habilidades motoras”, afirmou.
Há, ainda, situações que tornam a presença de um animalzinho ainda mais indicada no lar. Nos casos de crianças introvertidas ou com dificuldades para a socialização, o animal de estimação acaba se tornando companheiro da criança. Ele ajuda a desenvolver sua capacidade afetiva, uma vez que a presença do animal costuma atrair outras pessoas, dando a uma criança tímida ou introvertida a oportunidade de se comunicar.
E mais: as crianças adoram falar dos animais de estimação. Então, se a criança tiver um pequeno companheiro, este poderá tornar-se uma oportunidade excelente de conversa e convívio com outras crianças. “A criança que tem um animalzinho de estimação acaba se aproximando e interagindo com outras crianças que também o tem, facilitando a comunicação, relacionamento, recreação e troca de informações. Ao sentir-se mais segura e relaxada, as chances de se relacionar com outras pessoas aumenta”, explicou a psicóloga.
A compra ou adoção de um animal de estimação vai depender do tipo de bicho escolhido. No caso do cachorro, por exemplo, crianças de três e quatro anos podem tê-los, uma vez que já adquiriram certa autonomia. Nesta idade, os pequenos possuem habilidades motoras, são capazes de se defender e entender algumas regrinhas do que é ou não permitido fazer. Eles sabem, por exemplo, que não podem subir no cachorro ou puxar suas orelhas.
No entanto, cabe aos pais avaliar se a criança está pronta para ter um bichinho ou não. Para tanto, eles devem estar dispostos a ajudar nas tarefas e isso requer uma certa dose de paciência e de tolerância. Principalmente em relação às tarefas que exigem maior compromisso com os horários, como dar comida ou remédio. Levar ao veterinário também faz parte da lista de tarefas dos adultos. Já as atividades mais simples devem ser atribuídas progressivamente aos pequenos. Entre outras funções, eles podem pentear o pelo do animal ou colocar água no recipiente e, conforme a criança amadurecer, os pais podem e devem passar outros tipos de responsabilidades.
A medicina veterinária esta muito evoluída e hoje em dia as doenças transmitidas por animais domésticos são praticamente inexistentes. Claro que existem alguns cuidados essenciais, como manter a caderneta de vacinação e a vermifugação do bichinho em dia e dar banho regularmente. O aplicativo Agenda Animal pode ajudar muito com esses e outros controles, que facilitam muito a vida dos pais.
Quanto às alergias respiratórias, as opiniões são divergentes: alguns médicos acreditam que cães e gatos são causadores de alergia e por esse motivo não devem conviver com crianças, outros já acreditam que essa convivência permite a sensibilização gradual do sistema imunológico. Por mais estranho que possa parecer, estudos recentes garantem que as crianças que têm uma convivência contínua com cães desenvolvem menos alergias, inclusive menos problemas respiratórios e auditivos. A explicação para isso é que o dia a dia com o cachorro, por exemplo, lhes faz desenvolver um sistema imunológico mais resistente e com uma maior capacidade de resposta.
Ainda há outra questão que surge a respeito deste tema: o apego das crianças a um ser que, em geral, não tem uma vida muito longa e que poderá adoecer ou morrer antes que elas cheguem à adolescência. Apesar de serem sensações ruins, a morte e a perda são naturais, fazem parte da vida e é muito importante que os pais não os escondam esses sentimentos da criança. Do contrário, estariam roubando dos filhos uma experiência que também é enriquecedora. “Quando acontecer do animalzinho vir a adoecer ou até mesmo morrer, é uma oportunidade que os pais têm de falarem com seus filhos sobre perda, morte e outros assuntos que surgirem, que virão a despertar o lado sensível e cuidadoso deles”, assegura.
#ficaadica – Animal não é brinquedo
Brincar com um animal é um ato extremamente benéfico para as crianças na medida em que funciona como uma fonte de estimulação do corpo e do cérebro, fomentando a imaginação e a curiosidade. No entanto, é preciso ensinar os pequenos a tratar o animal de estimação com respeito, fazendo-os entender que um cachorro ou um gato não é um brinquedo, e sim um ser vivo como eles, que sofrem, ficam felizes e tristes, e que, assim como eles, precisam de uma série de cuidados, como, por exemplo, a higiene.
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