Mini adultos: Conheça os limites de criar um filho Fashion
Facebook Twitter Google+ “Olha que chique. Já é uma mocinha” “Como cresceu, está parecendo um homenzinho” As frases...
A Contente, uma consultoria de criatividade, desde 2016 vem realizando encontros para discutir #aInternetQueaGenteQuer. E um tema que deu o que falar nos encontros da consultoria foi o sobre as mães na internet. Tanto que as idealizadoras da Contente consideraram o bate papo com as mães digitais, o encontro mais revelador para elas.
A relação entre pais e filhos é um dos temas de maior apelo popular na mídia online, atrás apenas de editorias como Esportes, Política e Entretenimento.
Mas diferente da maioria das editorias, o tema não é algo pautado pela grande mídia. Desde a popularização da internet, começaram a surgir fóruns e blogs de pais para pais. E até hoje, os pais, principalmente as mamães, é que estão no comando do assunto na internet.
Tanto que a “mãe blogueira” é uma figurinha carimbada da era da internet. Muito porque, enquanto a mídia especializada construía a imagem dos pais perfeitos, as mães blogueiras nadaram na contramão, assumindo suas falhas e compartilhando as dores e os amores da maternidade.
Foi essa conversa franca que fez o tema pais e filhos, mesmo com o fim da era dos blogs, continuar tendo uma pluralidade de vozes ativas com a ascensão das redes sociais como o facebook, o youtube e o instagram. As mães querem ouvir a experiência de outras mães. E mais recentemente também dos pais.
A nova mãe tem direito a mimimi. Expressar descontentamento está liberado. Porque ser mãe não é algo maravilhoso todos os dias. O bico do peito dói, a birra do filho tira do sério, a carga mental de gerente do lar pesa. Estar sempre linda e com a casa arrumada é utopia.
Levar uma vida materna desencanada com a perfeição é a tônica da nova mãe. Se sentir culpada porque trabalha também está fora de cogitação. Uma pesquisa recente revelou que filhos de mães que trabalham se dão melhor no mercado de trabalho e demonstram mais afetividade, desde que, claro, os momentos entre mãe e filho, ainda que por pouco tempo, sejam recheados de afeto.
Já do lado dos pais. Muitos estão cada vez mais presentes e participativos na criação dos filhos. Mas não se trata daquele pai “bonzinho” que “ajudava” a mãe. E sim um novo pai que “divide” as responsabilidades e o trabalho que dá criar um filho. Igualmente.
Os novos pais têm laços mais fortes com seus filhos e companheiras, não que faltasse amor dos pais de outras gerações. Mas faltava parceria. Esse é o grande diferencial dos pais modernos: eles são parceiros. Das esposas e dos filhos.
“É a chamada paternidade ativa”. Cai a figura do pai coadjuvante de luxo, para dar lugar ao pai protagonista. E como no cinema, no qual todo protagonista tem mais falas, a vida do pai moderno lhe reserva mais atribuições, mas também mais destaque e popularidade com a audiência daquele que mais importa: o filho (a).
“Filhos não querem utopia parental, mas sim presença sincera“. Marcela Feriani. Continua… aqui 😉
Imagem: Marília Gabriela | @assimsimples.
No final das contas, com o surgimento dos pais blogueiros, a figura do novo pai vem se desenhando. Homens andavam muito confortáveis como coadjuvante da “supermãe”, que todos sabemos sempre foi uma ilusão. Afinal, mãe perfeita não existe, pai perfeito também não. Mas um pai melhor é possível e uma maternidade mais leve também.
Porque ser um bom pai, assim como uma boa mãe, não tem a ver com perfeição, e sim com “cuidar”. O bom pai e a boa mãe, como dizia Rubem Alves, são aqueles “cujo o coração pulsa secretamente no corpo do filho”. Bons pais “vivem o filho”. Algo que não tem nada a ver com ser perfeito. Ser um bom pai só tem a ver com amor. É o bom e velho clichê colocado em prática: “Quem Ama Cuida“.
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