Animal de estimação, qual a idade certa para uma criança ter um?
Facebook Twitter Google+ Pets: A boa de se ter um animal de estimação Além de companheiros e divertidos, os animais...
Muitos de nós quando pequenos sonhávamos fazer a diferença no mundo. Idealizávamos profissões como bombeiro, policial, astronauta ou jogador de futebol para ganhar a Copa do Mundo e fazer a felicidade do nosso país. Eu, por exemplo, quis ser Lixeiro. Achava bárbaro poder subir e descer do caminhão em movimento, além de poder ajudar a manter a cidade limpa, uma questão que sempre me incomodou desde criança. Uma profissão até hoje que valorizo muito.
Há também aqueles que viam a oportunidade de salvar o mundo se adquirissem superpoderes, como Superman, batman, Homem de Ferro, Flash, Homem-Aranha, entre outros.
Crescemos e, no mundo real, pouco daqueles sonhos e idealismos permaneceram vivos. A maioria de nós sobrevive entre o trabalho e a casa, o supermercado e a padaria, e, quem sabe, uma caminhada no parque de vez em quando.
Até nos tornamos pais! A paternidade é um dos caminhos para se revelar o que temos de mais profundo em nossa construção individual. Como pais vislumbramos a chance de preencher aquele anseio que, desde a infância, incita-nos a ser grandes. A paternidade não acontece somente na geração de uma nova vida, mas em toda formação desse outro ser humano. A cada fase da criança, há uma nova oportunidade de o pai se reinventar enquanto “CUIDADOR” e se melhorar como ser humano.
A paternidade e o envolvimento nas tarefas domésticas e de cuidado, independente de gênero, importam SIM! É o que revela o crescente conjunto de estudos produzidos no mundo inteiro sobre o tema ao longo das últimas duas décadas. Existem evidências claras sobre o impacto positivo do envolvimento do pai no cuidado, especialmente para a saúde materno-infantil, desenvolvimento cognitivo da criança, empoderamento da mulher, além de apresentar consequências positivas para a saúde e bem-estar dos próprios pais.
A ONG ProMundo lançou em 2016 o primeiro relatório Situação da Paternidade no Brasil , que também pretende realçar a limitação desses dados e estimular a sua produção por agências do governo, instituições acadêmicas, pesquisadores independentes, ONGs e demais interessados.
Diz a Constituição Federal do Brasil, no Capítulo VII, artigo 266, parágrafo 7º: “Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.”
A construção do conceito de “paternidade responsável” exige uma desconstrução do modelo anterior (pai responsável = pai provedor) para uma visão moderna que ressalta o fenômeno na sua integralidade. A discussão em torno da promoção da paternidade e do cuidado também se relaciona diretamente com a luta pela superação das desigualdades entre homens e mulheres.
Estudos realizados por redes como Rede Nacional Primeira Infância e de Organizações como Instituto Papai, apontam que o investimento em políticas de valorização da paternidade e do papel do homem como cuidador tem o potencial de desconstruir um modelo dominante de masculinidade – patriarcal e machista – que reforça a desigualdade de gênero, abrindo caminho para a construção de outros modelos não violentos, baseados no afeto e no cuidado.
Na psicanálise, a função paterna, é um conjunto de funções/ações que podem ser exercidas por qualquer pessoa que assuma esse papel/figura perante a criança, independentemente do gênero e da sua ligação sanguínea.
Por esse motivo, a plataforma de formação paterna 4daddy levanta as bandeiras da paternidade ativa baseada numa criação afetiva, social e cidadã, e visa reposicionar a figura paterna nessa nova dinâmica.
Queremos aqui formalizar o nosso manifesto: #paternidaderesponsável – Um ato, um direito, uma escolha!
Um ato, pois queremos chamar a sociedade civil para “exercerem” a função paterna baseada numa criação afetiva, social e cidadã de nossas crianças e adolescentes. Trata-se de atitude/ato social e político de conscientização.
Um direito, por que ser e ter um “pai” é um direito. Seja homem ou mulher, toda criança tem o direito de ter a figura paterna presente em sua vida. E todo cuidador(a) adulto tem o direito de exercer essa função assistido(a) pelo Estado.
Uma escolha, já que as funções paternas podem ser exercidas por qualquer adulto que tenha sob sua responsabilidade uma criança e/ou um adolescente. Independente do gênero ou orientação sexual, grau de parentesco biológico ou afetivo desse adulto. Basta uma escolha de ser pai, ou cuidador que irá exercer essa figura.
Apoie essa ideia, compartilhando esse manifesto! Convidamos a todos e todas, Estado, organizações privadas e públicas a se juntarem conosco para continuarmos construindo essa nova ideia. Estamos abertos para conversas e debates sobre o tema, e todos os assuntos a ele correlatos.
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