10 dicas para entreter os filhos durante uma viagem
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Na busca por estimular a prática de uma atividade física já na infância, muitas famílias se atêm a modalidades que mesclam um exercício e a preferência de cada gênero. No entanto, a motivação é fundamental e, para isso, vale a pena tentar modalidades não tão convencionais para despertar o interesse das crianças. Uma ótima opção neste caso são as aulas de circo, que estão se tornando cada vez mais populares.
A aula de circo é uma aula coletiva, pautada na técnica e na ludicidade, que engloba diferentes atividades, como aulas de malabarismo, acrobacia, trapézio e até arte de palhaço. Em sua essência, o Circo é voltado para quem promove o entretenimento e para quem o assiste. Porém, de alguns anos pra cá, ele tem assumido um novo papel, o de exercício físico, e surge como uma excelente alternativa para crianças, pois alia a arte, o lazer e o bem estar físico.
“O circo pode ser praticado apenas como atividade física, mas isso é raro, pois o circo é arte também. Desta forma, também trabalha criatividade e estética, no sentido artístico e não de beleza, e através das atividades circenses a criança pode encontrar um canal para comunicar aquilo que deseja e não consegue simplesmente falar, como sentimentos, anseios, dúvidas”, explica o professor de educação física André Grinberg, que também é ator, artista circense e um dos fundadores do grupo de circo-teatro Dois Pierre.
As aulas de circo são um verdadeiro espetáculo, pois trazem incontáveis benefícios para quem aposta nessa modalidade inusitada: além de colocar todo o corpo para trabalhar, as crianças desenvolvem o autoconhecimento, a autoestima, as capacidades aeróbias e anaeróbias, força, resistência, flexibilidade e coordenação motora.
Com tantas qualidades, e sem restrição de sexo ou de idade, as aulas de circo vem conquistando cada vez mais adeptos e também é uma boa opção para crianças com deficiência por ser uma atividade altamente inclusiva e rica em benefícios. “O circo ensina a superar limites e a desenvolver capacidades físicas e de socialização. Uma criança com qualquer deficiência gera novos benefícios para o grupo, pois eles aprendem a se ajudar, a criar formas de incluir todo mundo na atividade e a incentivar os colegas”, explica Grinberg.
As aulas de circo para crianças geralmente adotam o sistema de circuito para que cada aluno possa ter contato com o universo do circo e experimentar as possibilidades do próprio corpo para conquistar a consciência corporal. As escolas costumam oferecer turmas para crianças a partir dos três anos, mas não pense que elas começam aprendendo um pouco de tudo: as aulas para os menores começam com um aquecimento e com atividades como brincar de queimada ou pega-pega ou pular corda.
Já a partir dos seis anos, é possível introduzir algumas técnicas circenses, como malabares, acrobacias aéreas e trapézio e a partir dos 12 anos já é possível até se especializar naquilo que se tem mais afinidade. Apesar da diferença de aula para cada idade, após introduzidas às técnicas básicas do circo, as crianças começam a desenvolver força, flexibilidade e coordenação motora, além de ganharem confiança e aprenderem a trabalhar em grupo.
Dinâmicas, alegres e descontraídas, as aulas de circo geralmente acontecem duas vezes por semana, com duração de 40 minutos ou uma hora, onde se trabalha elementos como força, equilíbrio, coordenação motora, atenção, concentração e flexibilidade, onde as crianças têm a possibilidade de aprender malabarismo e manipulação de objetos, como argola, bolinhas e claves. Nos exercícios de equilíbrio, andam sobre a bola, sobre o tambor ou em cima do rola-rola japonês. Entre as acrobacias aéreas, estão o tecido acrobático, lira e trapézio, mas meninos e meninas também aprendem acrobacias de solo ou na cama elástica. Bambolê, corda, monociclo e perna de pau também são objetos utilizados na aula.
Se você se interessou pelas aulas de circo e acha que pode ser uma boa atividade para o seu filho, existem centenas de academias e escolas de circo espalhadas pelo Brasil, como o Galpão do Circo, a Oficina Toka e a Escola Circo Dança. E, para escolher aquela que vá de encontro aos anseios da família, nossa equipe preparou algumas dicas:
1 – Procure por uma escola que tenha um bom planejamento pedagógico;
2 – Tenha em mente quais os objetivos que seu filho deseja alcançar, que podem técnicos, artísticos ou lúdicos;
3 – Garanta que os profissionais sejam capacitados e que o espaço seja adequado, com segurança e equipamentos em bom estado;
4 – Conheça a escola e leve seu filho para fazer uma aula experimentação;
5 – E o mais importante: confie na escola.
#Ficaadica
Se depois de tudo ainda restarem dúvidas, continue procurando. É importante lembrar também que as atividades circenses, assim como as atividades esportivas, podem apresentar alguns riscos. O professor André Grinberg alerta que “O circo, por definição, envolve risco, mas que ele pode ser minimizado com uma boa estrutura e bons profissionais. Cansaço, dores musculares, muito suor e quem sabe uma pequena torção ou um dedo quebrado podem acontecer”.
E se isso acontecer, uma alternativa é seguir o conselho do professor:
“Se vocês pesquisaram bem a escola e confiam nela, deixem isso acontecer. Sem pânico, faz parte da vida. Muitos alunos não têm medo, mas o pavor dos pais os contagia e eles não conseguem superar isso. Deixem cair, deixem se machucar e ajudem a levantar. Mas não tentem envolver seus filhos no plástico bolha. Eu sei que da vontade, sou pai, mas é melhor ensinarmos a superar medos e dores do que ensinarmos que essas coisas não existem”.
No circo é assim, caiu? Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. De preferência com um sorrisão de palhaço estampado no rosto ;D
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foto da capa por Circo Crescer e Viver
Comentários
1 comentárioCarol
out 21, 2017Rafaella, amei a matéria e fiquei encantada com a foto de abertura. Ela é sua? Posso usar?