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Afogamento infantil: saiba como evitá-lo

A maioria das crianças adora brincar com água e na água. No verão, então, é uma delícia. Mas alguns cuidados são necessários para evitar riscos de afogamento.

Afogamento é rápido e silencioso

Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, o risco de afogamento não ocorre somente onde o volume de água é abundante, como praias, rios e piscinas. Um balde com água, por exemplo, representa risco para os pequenos e são suficientes para afogar crianças com até 4 anos de idade.

Quando o assunto é afogamento, a supervisão de um adulto é essencial

No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, o afogamento é a segunda maior causa de morte entre crianças de 1 a 9 anos, perdendo apenas para acidentes de trânsito, e ele pode ser evitado com uma série de medidas preventivas. A principal delas é supervisionar as crianças a um braço de distância.

“A criança não pode estar sozinha ou um pouco distante do responsável em nenhuma situação que envolva o contato com a água, é necessário estar 100% atento. Essa medida é o melhor tratamento e não dará a oportunidade da criança se afogar”, explicou David Szpilman, diretor médico da Sobrasa (Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático), ao Pais em Apuros.

 “Foram só alguns segundos, eu juro”

Afogamento - Pais em Apuros!
Afogamento é silencioso e rápido – Diferente do que vemos no gif acima e em filmes e desenhos, na maioria dos casos as pessoas não conseguem gritar por ajuda e nem acenar com firmeza com os braços fora d’água.

De acordo com o Dr. David, essa frase é frequentemente ouvida em casos de afogamento. Isso acontece porque, diferentemente do que vemos em filmes ou novelas, quem está se afogando não grita alto e balança os braços sinalizando que precisa de ajuda: normalmente apenas parece que está nadando na posição vertical, mas sem sair do lugar.

Afogamento - Pais em Apuros
Afogamento é silencioso e rápido – Uma pessoa se afogando é assim.

“A criança está muito cansada e, quando ela resolve pedir socorro, ela não consegue nem levantar o braço. Então, o afogamento acaba acontecendo de forma rápida e silenciosa e se os pais não olharem direito, eles não irão perceber que o filho se afogou”, explica o médico. Por isso, todo cuidado é pouco!

Como evitar o afogamento

As ações de prevenção são as de maior importância na redução da mortalidade por afogamento.  Além de estar atento o tempo todo, existe uma série de medidas preventivas que os pais de crianças até 9 anos devem tomar em casa, como:

  • Manter baldes, banheira, piscinas infantis, entre outros recipientes, sempre vazios após o uso e guardados virados para baixo.
  • O vaso sanitário deve ser mantido fechado e, se possível, com uma trava de segurança na porta.
  • O acesso à lavanderia também não deve ser permitido.
  • O acesso à piscina deve ser protegido com uma cerca de 1,5m de altura, trancada com cadeados ou travas de segurança.

Cuidados ao nadar

Afogamento - Pais em Apuros

Para curtir a praia, a piscina ou um banho de rio com as crianças, o uso de coletes salva vidas infantil é indispensável. Ainda assim, quem estiver com a criança na água jamais deve se afastar dela: lembre-se que é importantíssimo estar 100% atento.  Além disso, é preciso respeitar as placas de sinalização sobre perigo, ficar sempre próximo ao guarda-vidas e tomar cuidado também com as marés agitadas, correntezas e buracos.

Já a partir dos 9 anos, os maiores riscos de afogamento passam a ser fora de casa, em rios, lagos, praias e represas, uma vez que é comum os pré-adolescentes estarem acompanhados somente de amigos e sem a supervisão de nenhum adulto.

Neste caso, não deixe o seu filho sozinho, mesmo que ele saiba nadar, e certifique-se de que o local é próprio para banho e se há riscos de correntezas, pedras ou buracos. E outra dica importantíssima: não abuse do álcool em nenhuma situação que envolva filhos e água por perto.

Em caso de emergência

Afogamento - Pais em Apuros

Se você presenciar alguma situação de afogamento dentro ou fora de casa, a primeira coisa a se fazer é ligar pro 193 (Corpo de Bombeiros) ou chamar o guarda-vidas mais próximo: o salvamento sempre deve ser feito por um profissional.

Se você estiver na praia, na piscina ou numa represa, jogue algum material flutuante para a vítima, como uma boia, garrafa pet ou uma prancha, e aguarde um profissional chegar.

Em casa, verifique se a criança está respirando e a coloque na posição vertical para expelir a água e, se não estiver, aplique a respiração boca a boca e massageie o tórax da criança enquanto aguarda o socorro chegar.

Por mais desespero que a situação envolva, não tente realizar os primeiros socorros a menos que você saiba como proceder e sempre solicite a ajuda de um profissional.

Cuide dos seus

Afogamento - Pais em Apuros
É importante ressaltar que, com a supervisão dos pais, os riscos de afogamento são praticamente inexistentes e que, de acordo com o Dr. David, se todos os pais tiverem conhecimento das medidas preventivas, muitos casos de afogamento poderão ser evitados. “As pessoas tem dificuldade em acreditar que o afogamento é uma realidade, elas acham que isso não vai acontecer com elas e não tomam nenhuma medida de prevenção. É importante que os pais tenham noção que essas medidas são fundamentais antes de algo acontecer com o filho”.

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Para saber mais sobre medidas preventivas e primeiros socorros, a Sobrasa tem uma cartilha super interessante disponível para pais e cuidadores que você pode conferir clicando aqui.

Autor desta Publicação
Rafaella Teixeira
Jornalista, fotógrafa e viajante. Além de viver com a mochila nas costas, gosta de esportes, cultura de qualquer parte do mundo, cinema e música.

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