Pais no Rolê – Inhotim
Facebook Twitter Google+ Os idealizadores do Pais em Apuros, Adriana Souza e João Gambini, levaram as pequenas...
Assim como as escolas têm entendido que as crianças não estudam mais como antigamente – o fim definitivo da era do decoreba está próximo – os pais também têm seguido uma linha de raciocínio parecida: programa com os filhos precisa passar longe de ser só compras no shopping. A postura adotada por eles é que a educação vai além de matérias escolares e deve ser entendida como conhecimento. Programa de pais e filhos não se resume a acompanhar lição de casa e levar para tomar sorvete.
O estímulo para o conhecimento e para que a relação entre pais e filhos seja a melhor possível, tem que estar presente o tempo todo, sem ter aquele rótulo de “momento chato”. O Pais em Apuros tem uma sessão especial e interativa a partir de agora para dar aquela força na hora de fazer com que um passeio possa ser também uma aventura, tanto para os filhos, quanto para os pais. O Pais no Rolê é um programa de um dia em que um destino curioso vai se tornar parte da rotina.
Pais no Rolê #1 Butantan
Na primeira edição do projeto, a editora, Adriana Souza – devidamente acompanhada das filhas Alissa (10 anos) Helena (de oito) e a prima delas, a Beatriz (11) – foi até o Instituto Butantan em São Paulo para mostrar como em meio à tanta novidade para os pequenos, sempre sobra espaço para conversar, aprender juntos e bater aquele papo sem o estigma de “hora da conversa”.
Como nasceu o projeto: de uma ideia simples!
“Nesse dia da visita ao Butantan, a Helena foi quem me pediu para fazer a visita. E o interesse dela surgiu a partir de uma série exibida pelo canal Gloob, que se chama ‘Buuu no Butantan’”, explica a editora Adriana Souza.
“Na série, os personagens falam sobre os cientistas, o que fizeram e tem as crianças que viajam no tempo, lá dentro do Butantan, e conhecem estes cientistas que são fantasmas. É uma pegada bem legal para envolver as crianças com ciência. Ela acabou assistindo na internet e se interessou demais”, conta.
Balas mágicas
E se você ainda precisa de uma prova de que as crianças vão entender, ou se interessar, pelo que tem num museu de uma instituição referência em soros e vacinas, vamos lá. Para se ter uma ideia, nos primeiros anos do século 20, os antibióticos eram conhecidos como “balas mágicas”. E essa magia das “balas” que curam encantam as crianças. E é no museu de microbiologia que é possível notar as reações incríveis dos pequenos depois de uma explicação científica. Foi isso o que aconteceu com a Valentina, que adora observar as pequenas… baratas! “Aqui ela sempre aprende”, garante o pai coruja, Pedro Chadarevian.
Já a Nicole sentiu vergonha de responder o que mais gostou, mas até ser abordada pela reportagem, estava entretida em uma das mesas do museu de microbiologia. A mamãe Laura garante, mesmo com a timidez ao ser abordada, que ela consegue assimilar bem os conteúdos e se sente curiosa com os temas.
O pequeno João Vicente se encanta sempre com as cobras e com as explicações que ganhou. “Tá vendo só? Você acha que biologia é só biologia? Tem matemática no meio”, termina de explicar a Iara Vasconcellos, tia do João que além do posto de super-tia é ex-funcionária do museu (e por isso explicava tão bem). “Trabalhei neste museu e as crianças sempre se interessam muito, é muito bacana. O museu todo é uma coisa muito diferente, muito inesperada para elas. Então querem saber como as coisas funcionam, o que eles (os bichos) fazem”, diz.
O barato de perceber como seu filho enxerga o mundo
Além de toda a diversão entre pais e filhos e do aprendizado neste tipo de passeio, vale a pena observar os detalhes nas reações dos pequenos para aprender a ter sempre o melhor de cada rolê.
“Os pais precisam se preparar pra o lugar que vão levar as crianças, porque as reações delas são imprevisíveis. Eu fui com três e cada uma tinha um interesse diferente da outra. Quando poderia imaginar que uma criança de oito anos poderia ficar super interessada em ver busto de cientistas? Para as outras, aquilo não tinha tanto interesse, por exemplo. O museu de biologia foi muito mais interessante para as outras duas”, antecipa Adriana.
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Vai lá: www.butantan.gov.br