Síndrome de Down: um cromossomo a mais de amor
Facebook Twitter Google+ Síndrome de Down O universo de quem nasce e de quem convive com a síndrome de down muitas...
Agosto marca a semana mundial do aleitamento materno. No Brasil, o mês foi denominado Agosto dourado. Mês da amamentação.
Por Thaiz Wertz*
Só quem é mãe sabe o quanto esperamos por esse momento. O quanto esperamos pelo toque, pelo contato, pela troca, pelo carinho.
Durante a gravidez li e reli artigos sobre amamentação, fiquei phd no google, fiz 3 cursos de amamentação, mas não imaginava que colocar a teoria em prática seria tão difícil.
Quando o Joaquim nasceu, ele dormiu por 12h seguidas, e quando ele acordou não tivemos sucesso com a amamentação. Infelizmente, na maternidade em que ele nasceu, as enfermeiras são orientadas a oferecer a mamadeira caso o bebê não pegue o peito.
Amamentar é difícil, e nem todas as pessoas ao nossos redor estão dispostas a ajudar. Tivemos uma semana muito difícil. O que era para ser um momento tranquilo e de prazer para nós dois, na verdade, era muito estressante.
Foi então que junto com a minha família decidi oferecer a mamadeira pra ele. Foi triste. Me senti incapaz, fracassada. Eu achei que mamar era a única coisa que o Joaquim saberia fazer, por instinto, ao nascer. Muitos bebês conseguem, mas isso não é regra.
Pais de primeira viagem costumam acreditar que os bebês já sabem mamar ao nascer. Se você acha que sim, vale a pena lembrar da famosa frase “ninguém nasce sabendo”.
Na verdade, o bebê já nasce com o reflexo de sugar, mas esse processo da amamentação deve ser ensinado para o pequeno.
fonte: Maternidade Santa Joana
No meio desse caminho difícil encontrei a Fabíola, da Materna Consultoria. Uma pessoa maravilhosa e experiente, que com muito carinho, tornou a amamentação do Joaquim possível por dois meses.
O processo é difícil. Muito difícil para a mãe, mais ainda para o bebê. Para os familiares também. Não sei se a nossa caminhada chegou ao fim, mas não é algo que depende só da minha vontade de amamentar. Depende do bebê, do conforto, da saúde. Pois amamentar pede muita dedicação e doação total da mãe, uma doação mental e física.
Mas o mais importante: Ninguém deixa de ser mãe por não amamentar. Muito pelo contrário, é nesse momento difícil, porque oferecer a mamadeira é tão difícil quanto cuidar de peito rachado (DÓI MUITO).
No final, na relação mãe e filho, o modo como você o amamenta importa menos, o importante é alimentar bem o seu filho. Com leite e com amor. Existem muitas outras maneiras de criar laços, de criar conexões, de reconhecer, conhecer e entender. O amor, esse sim é natural, e não tem nada a ver com peito ou mamadeira. Ele acontece e pronto.
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* Thaiz Wertz é blogueira, estudante de jornalismo e mãe do pequeno Joca de 3 meses.
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