Fica a Dica: Pais Ausentes | Homens em crise
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No futebol da escola, durante o chute do pênalti decisivo, o pai corre afobado para o campo, chuta a bola para o gol e eleva o filho ao status de novo Neymar da turma. O exagero nas situação fictícia é proporcional à dedicação diária de muitos pais para poupar os filhos de frustrações. A relação pais-filhos facilmente pode pender para a relação treinador-atleta, na qual toda e qualquer situação se torna uma mini Olimpíada, onde impera o dever constante de vencer.
Além de casos exagerados, há também os que dividem opiniões por flertarem com uma linha tênue que pode fazer a graduação ganhar contornos de Ensino Médio – como a mãe que acompanha as notas da filha na faculdade.
A psicóloga e autora americana Wendy Mogel tem colecionado best-sellers mirando seu trabalho justamente no número crescente de pais que, na expectativa de ver os filhos triunfarem em todas as situações, acabam se tornando superprotetores (overparenting, no termo original). E tem até nome figurativo próprio: pais helicópteros.
O termo surgiu em 1969, no livro “Between parent & tennager” (Dr. Haim Ginott) que cita um adolescente reclamando que a mãe parecia um helicóptero sobrevoando ele. É a caça à participaçãoo na vida dos filhos. Implacável como uma perseguição hollywoodiana.
Em livros como “The Blessing of a Skinned Knee”(em português: “A benção de um joelho esfolado”), Wendy Mogel relata diversos exemplos práticos para que os pais não queiram ser o filtro de frustrações de seus filhos.
Abaixo, as 10 dos principais pontos listados por ela para os pais que são devotados, mas que estão agindo mais como consultores para os filhos vencerem na vida:
1- Não confunda uma foto do dia a dia com um filme épico sobre a vida do seu filho: Crianças passam por fases. Boas e ruins. Mas não precisam achar que têm que ser um padrão de mocinho. Precisam ser só elas mesmas.
2- Não queira consertar o que não está quebrado: Aceite a natureza do seu filho/a, mesmo que ele/ ela tenha timidez acentuada, ansiedade por novidade ou mesmo que não seja um talento nato da matemática.
3- Não confunda os desejos das crianças com as necessidades delas: “um celular para caso de emergência, mãe!” ou um carro aos 18 não são necessariamente coisas necessárias. Privilégios são diferentes de direitos.
4- Lembre-se que as crianças são resistentes , não flores criadas em estufas: Deixe-os aproveitar a tarde no frio ou a fome fora de hora proque preferiu brincar um pouco mais. Assim, vão poder apreciar a blusa ou a comida na hora estabelecida pelos pais.
5- Antes de criticar, xingar ou ordenar, espere: escute quatro vezes amis antes de podar.
6- Lembre-se que decepções são uma preparação necessária para a vida adulta: Quando o seu filho não for convidado para a festa de aniversário de um amigo ou fazer parte do time da escola, mantenha a calma. Sem essas experiências, ele não vai crescer com percepção do mundo real.
7- Esteja alerta, mas não automaticamente alarmado (a): Pare e reflita : É esta situação insegura ou apenas desconfortável para o meu filho? É uma emergência ou um novo desafio?
8- Aprenda a amar as palavras “tentativa”e “erro”: deixe que seu filho cometa erros. Garanta liberdade baseada em demonstração de responsabilidade.
9- Não se surpreenda ou desanime quando seu filhão tiver um ataque de birra. Não confunda sofisticação com a maturidade. Não confunda desapontamento com frustração.
10- Pense duas vezes antes de tentar ser popular com os seus filhos só porque seus pais não eram tão ligados às suas necessidades emocionais: Cuidado com o padrão dos novos pais. É um grande clichê achar que você pode suprir tudo o que seu filho precisar.
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