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Seu filho come como gente grande? Isso não é legal

Se a cada verão a epidemia de dengue ganha destaque na imprensa e em campanhas publicitárias do governo, outro tipo de epidemia segue se alastrando e sem receber a atenção devida: a obesidade infantil.

Obesidade Infantil

Caracterizada desta forma pela OMS (Organização Mundial da Saúde), a obesidade entre crianças e pré-adolescentes é ainda citada em dados da Organização Pan-Americana de Saúde em índices alarmantes no Brasil. Só nas duas últimas décadas subiu 240% no país.

Se há fast foods em cada esquina para serem culpados, nesse processo também existe a desinformação dos pais. A hebiatra (especialista em adolescentes) e pediatra Carolina Albani explica que além dos hábitos saudáveis virem de berço, é nesta fase que o metabolismo é definido e pode interferir diretamente no processo.

“Por volta dos 300 primeiros dias de vida o corpo programa o metabolismo da vida inteira, então, por isso é indicado que a alimentação no primeiro ano passe longe dos produtos industrializados. Com uma alimentação com muito açúcar ou gordura, você programa este metabolismo para ser pré-disposto a desenvolver a obesidade”, explica ela.

A hebiatra ainda complementa com outro aviso importante aos pais desavisados. “Existe hoje um combate aquele bebê gordinho, cheio de dobrinhas. Até os anos 90, o conceito de gordinho era tido como saudável porque o problema da desnutrição era um fator recorrente na saúde do país. Já hoje, é o contrário”.

André (nome fictício) mora em Lorena, no interior paulista, tem 11 anos e não foi um bebê gordinho. Só começou a ganhar peso significativamente aos cinco. Hoje, com pouco mais de um metro e cinquenta centímetros ele tem o peso de um adulto. São 76 quilos e um caminho extenso até que ele consiga equiparar ao IMC ideal para sua estatura.

A mãe, Fabiana (também nome fictício), dá o veredito. “Agora ou ele emagrece por bem ou vai ter que ser à força. Ele sabe que não pode continuar com esse peso”, diz.

Fator secreto

Falante, perguntado se é ansioso, André confirma. Este é outro ponto sensível que atinge as crianças – proporcionalmente dirigida como a de um adulto. Se na fase adulta o estresse ou frustrações emocionais podem ser descontados em um combo com hambúrguer e fritas em tamanho família, na infância os problemas de convivência ou rotinas escolares podem ganhar válvula de escape neste passatempo.

“Se uma criança começa a ter fome em excesso, principalmente se ela não tem uma rotina de atividades físicas, como natação ou algum esporte, pode desconfiar que este fundo emocional está ali, no meio de cada bolacha consumida. Geralmente quando você tem um caso de uma criança obesa, os pais também são ou estão quase nesse estágio. Então mudar isso é mudar a rotina de todos”.

O veredito final, cabe, claro aos pais, mas não como escolha. Mas como consciência. “Se educa tudo em uma criança, inclusive a alimentação”, finaliza a médica.

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Autor desta Publicação
Pais em Apuros
Espaço confiável e qualificado de ajuda e orientação aos pais na alucinante e maravilhosa aventura que é a criação e educação dos filhos.

Comentários

1 comentário
  1. publicado por
    BLW | paisemapuros.com.br
    nov 20, 2015 Reply

    […] explicou a pediatra Carolina Albani ao Pais em Apuros no texto “Seu filho come como gente grande? Isso não é legal”, além dos hábitos saudáveis virem de berço, é nesta fase que parte do paladar e do metabolismo […]

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